segunda-feira, 19 de abril de 2010

Corpo selado


Os dias sem você são incontavelmente lentos e dolorosos,

Pois minha vida sem você é como uma eterna música mal feita

De agouros e vazios que deixam meu coração frio.


No mal me que, bem me quer, fiquei pensando

Contando os segundos de sua ausência,

Esperando-lhe como uma eterna sonhadora

Que sonha com seu príncipe encantado.


Mas quanto mais eu espero,

Mais eu percebo que o encantamento do príncipe acabou

E ele agora é só um pequeno menino

Que adora brincar com o coração das donzelas.


Ei meu corpo selado a terra

Mórbido e inerte, inútil no chão jogado

Que de tanto procurar, se fadigou

Caiu e declinou-se no eterno anoitecer

Do amor que nunca chegou.


Meu coração ainda palpita dentro desse feito ferido

Esse coração que se feriu, sangrando esta

Por causa dos espinhos dos calvários da procura

Que nunca teve um fim.


Se disserem que a esperança é a ultima que morre

A minha morreu antes mesmo do meu completo fim

No crepúsculo da minh’alma, no adormecer do meu amor.

Eis aqui, um corpo selado ao chão.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Cruel mudança

É cruel como tudo muda de um segundo para o outro, cômico às vezes ou até mesmo irônico. Nada pode se manter para sempre a mesma coisa sem alguma alteração, sempre, um dia, acontece algo que muda tudo.É como se alguém quisesse falar algo para nos, algo para nos fazer parar para pensar, não é mesmo? Mas pecamos ao não ouvir essa voz que sempre nos cerca e nos manda ver, observar e entender o que acontece a nossa volta, o que sempre ignoramos por ser mais fácil simplesmente ignorar. Não se sabe muito bem quando e como as coisas mudaram, só se sabe que mudaram.

Passamos muito tempo de nossas vidas pequenas e raras pensando no que fazer no amanhã ou pensando no que fizemos ontem, não paramos para observar o lindo amanhecer do sol na praia, os pássaros voando majestosamente ou até mesmo o sorriso de uma criança quando esta feliz ao observar a chuva. Perdemos muito tempo valioso de nossas destinos em coisas fúteis, como observar se eu estou bem vestida, se eu tenho muito dinheiro –não que isso não seja necessário, mas não se deve ter o máximo de nossos tempos gastos nisso-, se a fulana ficou com o beltrano, se a roupa combina com a bolsa ou outras coisas piores. Não devíamos fazer isso, deveríamos viver a vida.

Não temos que ser escravos cegos da sociedade capitalista em que vivemos, temos que ser seres livres, com nossos ideais, vivendo no nosso planeta, no lindo presente que ganhamos desde nossos primórdios, na natureza linda em que vivemos, observando as paisagens que nos cercam e as coisas simples que convivemos. Nada pode ter tanto valor quanto nossas vidas, nosso maior presente. Enfim, se estivéssemos preparados para observar, nada mudaria de repente, tudo teria um aviso antes.

A resposta

Por muito tempo achei que a única resposta para meus desamparos era ficar isolada e tudo ficaria bem, hoje posso ver que isso era a mentira mais real que eu podia viver em minha vida. Por mais que o frio congele meu ser, o fogo existe para poder me aquecer. Nada existe sem um intuito. Tudo rodava em minha vida meio desconectado, ainda é um pouco assim, mas depois que eu pude ver o que era o amor, notei que tudo faz sentido quando se sente isso.Nunca é tarde para se aprender a valorizar as pequenas coisas, como a convivência e a paciência com os outros. Nunca é tarde para amar loucamente, como se não houvesse o amanhã.