terça-feira, 27 de setembro de 2011

Promessas



- Você irá segurar minha mão? – Falou docemente ao meu ouvido a voz mais linda que já pudera ouvir em toda minha vida – Você vai segurar minha mão quando tudo acabar? – Perguntou-me novamente, tentando, a qualquer jeito, acordar-me para poder responder. Ele acariciava minha face, que podia sentir que estava sendo aquecida pelos primeiros raios de sol. Seus lábios tocavam minha face e pude notar que ele sorria – Vai segurar minha mão?

-Sim! Até o fim, estarei lá, ao seu lado, segurando vossa mão. Não irei me apartar de você por nada. Se eu tiver que ir, irei ao seu lado, irei feliz, mil vezes feliz. Não ousarei ofender ou rogar pragas, pois isso será blasfêmia. Segurarei vossa mão e vós segurareis a minha. Tive a maior sorte de todas, a de conhecer-te. Nunca em minha vida tive tanta vontade de segurar a mão de alguém como tenho agora de segurar a vossa mão – Parei rapidamente, recompondo-me, enquanto recobria parte do meu corpo desnudo e deitado naquela cama.

- Irás ficar ao meu lado até o fim? Até que eu parta? – Ele sorriu docemente e seu sorriso me fez sorrir de volta – Prometa… Prometa que irá ficar. Por mim, prometa. Não vá sem mim, não parta antes de mim. Prometa! –implorou-o tão docemente, que assenti e sorri. Ah, como negar algo aquele anjo? -Prometo pelos céus, pela minha alma, por tudo que é mais sagrado, sempre estarei contigo. – falei calmamente, tocando-lhe a face com meus dedos brancos e frágeis – Estarei ali, ao teu lado, seja como for, estarei ali, sempre. Você me fez a mulher mais feliz do universo, seria injusto me afastar de ti. Mas prometa, prometa que não irás chorar se nada der certo e eu tiver que partir.

Ele calou-se, abraçou-me docemente como se fosse o ultimo abraço- e talvez fosse-, notei uma lágrima cair do seu olho, palavras… Não, não necessitava, o que ele fazia já respondia. Ela selava seus lábios aos meus como se nunca os selasse como se fosse a primeira vez. Ele sabia que com minha doença talvez não existisse o amanhã, mas quem se importava com o dia seguinte se tinha o presente a ser vivido? Ele então assentiu, faltaram-lhe palavras. Num sim assentido ele prometeu não chorar se algo acontecesse. Abracei-o ternamente e ele me agarrou. Eu o amava e o amo e jamais o irei deixar só.”


Pequenos textos II


Não era para acontecer, mas aconteceu. Não lamentarei, não irei chorar, não gritarei. Para que chorar, não é mesmo? Lágrimas podem ser interpretadas erroneamente. Como pode ser uma lágrima tão triste ou feliz virar algo deturpado, assim como um sorriso pode ser compreendido também errado. Não irei lamentar, pois as coisas acontecem por algo. Não gritarei, pois gritos nem interpretados são. Irei correr, correr para nunca mais ter que andar. Ver, ver para nunca mais ter que fingir. Falar,falar para nunca poder me calar. Irei ser quem sou, irei sentir o que sinto, sem mais, sem menos. Sou doce, sou amarga, sou encanto, sou desilusão. Talvez seja uma alusão? Não sei! Posso não estar falando nada que faça sentido, mas o amor faz sentido? Ah como pude lhe amar? Doce, doce amargo que escorre pelas minhas entranhas. Como pude amar-te? Ódio, oh ódio! Por que não me dominaste contra ele? Ódio, oh ódio ! Por que me abandonaste quando mais precisei de ti? Queria ainda sentir ódio por ti, mas amo, amo muito, amo mais do que a mim mesma. Como aconteceu? Quando aconteceu? Ah doce ódio, por que não estais comigo? Só queria que meu coração já não batesse mais por ti, minha mente não pensaste mais em ti e minha boca não falasse tão docemente seu nome. Droga! Eu te amo. Estou confusa e nesta confusão não consigo escrever um texto coerente. Mas para que coerência no amor ou no ódio? Nada. Mil vezes nada. Te amo, mas como desejo nunca te amar.


Por que deixei partir meu amor? Ah! Por que? Por que não acreditei em você? Por que não o impedi? Por que? Por que? Fui estúpida, insensata, irracional. Não, fui pior, muito pior. Não vi que a felicidade estava a minha frente e, como num passe de mágica ou num sopro fresco de brisa, o vi partir. Queria que voltasse. Preciso de você. Desejo você ao meu lado. Mas por que eu fiz aquilo? A culpa não foi nossa. Não foi nossa culpa nossa criança ter partido. Um acaso a tirou de nossos braços. Mas eu o culpei. Desculpe! Mas não consegui ver sua face sem ver a do nosso bebê, não consegui sentir seu toque ou cheiro sem remeter àquilo que perdemos. Desculpe! Perdão! Eu…Eu acho que só queria trazê-lo de volta, mas o que adiantou? Perdi mais um ser que sempre amei. Sinto-me culpada, mas como não se sentir? Queria tê-lo novamente, mas será que um dia poderei? Será que um dia você me perdoará? A culpa não… Não foi nossa! Só queria que soubesse que… Te amo!




Ah doce noite! Tu me acolheste como uma doce mãe, mãe dos fugitivos, mãe dos excluídos, mãe das criaturas de teu ventre negro. Vós sois tão graciosa, tão bela que me instiga que me faz amá-la cada vez mais. No teu manto estou protegida e somente vós podes me abrigar agora. O sol, o rei sol, me expulsou de vossos raios quentes. Apenas você, oh doce mãe, me acolheu sem preconceitos, sem perguntas. Mãe, tu és tão pacientes com seus raios brancos que tocam tão sutilmente minha pele. Oh doce mãe noturna, amo-te, mil vezes amo-te. Tu és tão formosa com vossa lua e vossas estrelas. Estrelas que parecem doces pontos brilhantes no céu, como um diamante em um colar. Amo-te mãe e no teu seio quero viver eternamente.


Pequenos textos



“ Quem lhe contaste que preciso de esmolas errou. Se voltaste por pena, vá, não quero compaixão. Por mais que lhe ame, sei que não me pertence mais, que não queres mais a mim, que escolheste outra para por em meu lugar. Não é porque meu coração esta em pedaços, que meu mundo esta invertido, que tudo não faz sentido que por pena de mim mesma irei me submeter a voltar convosco sabendo que não me ama. Vá! Não olhe para trás. Vá! De vossa pena não quero nada. Mas se fores meu, se eu estiver errada, diga-me e irei segui-lo. Se me queres, toma-me em seus braços gentis, acalanta-me em vosso peitoral e me beije, como nunca me beijastes. Faça-me sua, faça-nos um só. Se isto for pecado, não me importarei se for verdadeiro. Desejo-te como desejo respirar todos os dias, quero-te como quero que meu coração bata todos os minutos ou segundos. Mas se não me amas e estais voltando por dó de meu sofrimento, vá embora. Pegue vosso corcel mais veloz e cavalga-te para longe de mim. Não voltes… Não, não voltes. Mas se me amas ainda, fala e serei somente sua, até o fim de minha vida.”



“Beijes teu único acalanto pela ultima vez, olhes pela ultima vez teu amado ser, dance vossa ultima valsa, aproveites seu ultimo dia, ouve o ultimo cantar da cotovia, durmas em um lugar macio e despes tua insanidade. Agora venha rápido, venha ligeiro ao meu encontro, venha comigo para os esconderijos mais profanos e nefastos da sociedade, venha. Chamo-lhe, pois queres vir, chamo-lhe, pois não agüentas mais ficar onde não se sentes bem meu caro, chamo-lhe porque sentistes bem ao meu lado. Diante de vossa agonia, chamo-te. Este caminho não terá volta, então penses antes de vir. Porém, mesmo assim, ainda chamo-te.”



“Afoga-te nos teus sonhos, durmas o sono dos imortais, baile com a luz noturna da noite, toma-te o vinho mais delicioso de toda adega, embriaga-te pelos perfumes em vossa volta, mas nunca contestes teu destino. Teu destino, Oh caro amigo, é vaguear sem rumo, por caminhos tortuosos, sentido a brisa da alvorada tocar-lhe vossa pele, como a luz toca sutilmente a rosa vermelha. Conforma-te, não insulte vossos ancestrais, nem insultes vossa sorte, apenas caminha-te e vá. Porém, não incomode o sono imaculado dos cravos e das rosas, que ainda estão silenciados no leito. Vai-te, nobre jovem, a procura de vossa agradável e imaculada sorte nos canteiros, bueiros e cantos quaisquer. “

“Já se fazia ali, oh doce aurora, à noite, o manto sagrado e escuro, o manto que ocultava qualquer um. Lá, em uma sacada qualquer de um castelo, uma nobre jovem observava a lua, a mesma lua que um doce jovem observava da rua vazia. Seus olhares estavam na lua, mas seus corações, um no outro. Ambos sofriam dos mesmos mal: amor e ausência. O que era o amor? Um brinquedo perverso que nos faz chorar, algo perigoso quanto à pólvora e o fogo? Quanto mais vejo isto, mas percebo o quanto o amor pode ser perverso. Oh céus! Por que nos deste um coração se sabias que ele iria se partir? Suspiros, suspiros a meia noite, a meia lua, a meio ser. Não sentimos quando não vivemos, mas se vivermos podemos não querer mais desejar viver mais. Será que isto era uma comédia, uma comédia divina? Será que era uma brincadeira maléfica de alguém superior a nos, pobres mortais? Oh, céus e todas as coisas divinas, por favor, imploro, não brinquem conosco. Não mais! Oh cupido, por favor, se afaste. Não queremos mais sofrer.”

Os males humanos



A presunção e a intolerância podem arruinar o que temos de melhor em nossas vidas, umas vez que somos cegos para as coisas. O ser humano desenvolve cada vez mais uma grande capacidade de destruir o que tem de mais belo na vida por falta de sabedoria, ou ego inflado demais. O medo pode assustar e nos fazer correr para o que nós é seguro. Talvez o desconhecido traga consigo o medo e por isso somos intolerantes, uma vez que procuramos defesas no que conhecemos. Somos tão incompreensivos que não queremos entender o outro lado da moeda e queremos assim impor o que nós é correto. Porém a verdade é relativa e o ser humano é uma criança que ama brincar com verdades como se elas fossem brinquedos. Existe um pequeno grupo que pode ter até uma visão mais amplificada, porém não deixa de ser temeroso. Porém o bravo combate o medo e o medo já não se faz presente quando entendemos o desconhecido. Aquilo que uma vez fora desconhecido, agora se torna conhecido e tolerável, porem se tivermos vontade de entende-lo. Entender o que não conhecemos é mais difícil do que entender o que conhecemos, por isso preferimos por muitas vezes ficar na segurança da intolerância e na ausência da sabedoria e conhecimento. Ah triste é daquele que é cego por opção, pois este nada irá enxergar nunca em sua vida.

domingo, 1 de maio de 2011

Pressa na cidade


Fiquei observando a alguns dias as pessoas andando por ai e sabe no que reparei? Elas são muito apressadas, não param nem um segundo para olhar para cima e falar :” Nossa o céu esta lindo hoje! Azul como eu nunca havia visto antes.” Não notam os necessitados e são cegos para as belezas que alguns edifícios e paisagens urbanas tem.


Trabalhos, escolas, compromissos, tudo faz com que as pessoas tenham alguma desculpa para terem pressa, mas a verdade é que elas têm pressa por serem ansiosas e impacientes quase incapazes de esperar alguns minutos. Tudo gira muito rapidamente, as horas passam como um raio e nada pode conter isso. Mas isso é fruto de nossas mentes, que brincam conosco feito pivete brincando com os adultos.


Se pararmos um minuto de nossas vidas tão apressadas e olhar para os lados notaremos o quanto fizemos de mal e o quanto fizemos de bom para nossa vida e para a dos outros. Se pararmos realmente para refletir sobre o que fazemos, iremos procurar alternativas melhores para efetuar o que queremos e nos uniremos em torno de um ideal: um mundo melhor.


Falamos hipocritamente em mudar o mundo, mas como poderemos se nem ao menos paramos um minuto para mudarmos nos mesmo? Que tal desacelerar um pouco, enxergar realmente as pessoas ao nosso redor e o ambiente em que convivemos, desfazer idéias antigas e ultrapassadas para que outras ganhem vida, compreender e ajudar o outro que tem problema, se importar com as coisas que acontecem ao nosso redor? Não é pedir muito, pois será apenas um minuto e nada mais. Porém podemos parar mais do que um minuto para pensarmos e a reavaliarmos nossas vidas, com o propósito de transformar-las para melhor.


Penso que o problema de pararmos por alguns minutos é desconstruir um mundo que construímos a base de ilusões e mentiras, de não sermos mais alienados e passarmos a sabermos de tudo, de não mais ficarmos parados quando há uma injustiça e reclamarmos com nossas vozes elevadas. Não existe um mundo perfeito e nunca existirá, afinal caos e ordem andam de mãos dadas. Porém podemos fazer um lugar melhor, um lugarzinho que o caos não impere tanto.


Ironia é viver uma vida as cegas podendo ver, não ouvir apelos quando podemos ouvir, calarmos quando podemos falar,caminhar para trás enquanto podemos andar para frente, estagnar quando podemos evoluir. Então, olhem para as nossas vidas e vejamos o que nela esta errada, para mudarmos e vivermos melhor. Desacelerar, essa deve ser a palavra mais correta a ser usar, então, vamos frear enquanto podemos e mudar o que de errado existe em nós primeiro, para depois tentar mudar o que esta errado no mundo.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Superar



Quer saber, não vou mais chorar pelo que perdi. O que foi perdido ficou no passado e agora devo olhar o futuro. Não me importo o quanto parte meu coração deixar tudo para trás, mas irei o fazer. Ninguém se preocupou comigo, então por que devo me preocupar com os outros? Me devo me preocupar comigo e com quem se preocupa comigo também.



Nada pode me fazer parar, nada vai me impedir de mudar, nada vai me fazer olhar para trás. Vou entrar no carro ou em algum ônibus, vou sair por ai, provar do que não provei, olhar o que jamais vi, sentir o que quero sentir. Vou pegar minhas roupas e colocar em uma bolsa, sair por ai sem destino e nenhum pensamento em minha mente irá haver. Vou sentir o vento em minha face, a liberdade tomar minha alma, meu coração ficar livre de qualquer coisa, vou sacrificar tudo que tenho para me conhecer melhor.



Chorei por dias e noites, perdi quem não queria perder, fui humilhada, meu coração ficou destroçado e cheio de cacos cortantes que o cortava todos os dias, fiquei olhando a vida passar sem ter animo ou certeza se queria ir com ela, sacrifiquei minha alma. Mas por que esse sacrifício todo se não foi reconhecido ou percebido?



Abandonarei isso tudo, deixarei para trás, não vou me arrepender, não vou me justificar, irei ser o que jamais fui e o que eu deveria ter sido. Não olharam para mim, não prestaram atenção nos meus sinais, então partirei. Irei de encontro com meu futuro e não vou esperar mais.



Vou sentir o doce vento da brisa marítima acariciando sutilmente minha face enquanto fecho os olhos e sinto os últimos raios de sol tocarem minha pele carinhosamente como se quisesse me amar. Vou sentar no meio do campo, sentir o perfume mais delicioso da flor mais perfumada, me embriagar com a paz do lugar, sentir as flores do campo tocando minha pele como um amante toca amorosamente a pele de sua amada. Eu vou… Esquecer tudo que um dia me fez chorar e vou caminhar em direção ao horizonte com a cabeça erguida e o coração fechado.

Quem planta, colhe.



Pensei que eramos um para o outro como você era para mim, porém nunca fomos, não é mesmo? Você sempre me enganava enquanto eu era idiota demais para ser fiel e acreditar que você me amava, mas eu descobri.



Quando lhe vi com ela, aquela garota, pensei o quão tola fui em pensar que você era somente meu e minhas lágrimas rolaram. O que houve com suas juras de amor e suas promessas? Era tudo uma mentira e eu não sabia? Eu era seu prêmio de alguma coisa que devo saber? Por que você fez isso comigo depois que lhe dei minha vida, minha alma, meu coração? Fiz sacrifícios por você e o que você fez por mim?



Pensamentos rolavam em minha mente e me atormentavam e sai correndo sem direção. Acabei indo para a praia. Sentei-me em um rochedo e fiquei chorando por você, por mim, por nós. Por nós? Não, era mais por mim. Não existia o nós, nunca existiu, não é mesmo? Só eu amava, só eu me sacrificava, só eu era fiel, só eu…



Olhei o horizonte e fiquei pensando quantas coisas abdiquei por ti. Família, amigos, garotos que me amavam de verdade. Você nunca me deu valor, deu? Fui tola em acreditar em suas palavras. Fui uma retardada ao não ouvir minha família e amigos falando que você não era bom para mim. Ainda vem que não os perdi.



Que raiva! Que raiva! Se eu pudesse mudaria tudo, mas não posso, agora passou. Não posso mudar o passado, mas posso mudar o futuro, porém nunca serei mais a mesma. Serei uma nova menina, uma machucada e que pode machucar. Uma que não mais vai chorar por quem não lhe da valor. Vou arrancar essa dor do meu tempo e lhe esquecer, pois se um dia te amei, hoje lhe odeio.



Seguirei em frente, cabeça erguida e não vou olhar para trás. Não irei me arrepender de mais nada. Serei quem eu quero ser e não o que os outros querem que eu seja. Agora, serei eu mesma. Você vai lamentar ter feito o que fez e eu vou rir demais de você, afinal, quem plantou foi você e quem vai colher será você também.

Amar é complicado



O que é amar? O que é o amor? Como saber que estamos amando? Por que as vezes dói tanto amar? Por que não paro de pensar em você? Por que meu coração dispara quando lhe vejo? Você é tudo que desejo, mas por que não consigo falar-te isso? Por que você esta com outra pessoa e não comigo? Por que me calei e deixei-o ir?



Errei ao deixá-lo ir, de não lutar por seu amor, por você. Mas eu pensava que a luta já estava perdida antes mesmo de tentar ganhá-la, porém como se sabe se nem lutamos? Eu perdi sem lutar, perdi e sinto que não terei outra oportunidade, pois seus olhos estão voltados para outra. Desculpe por não lutar por você, por não ter me declarado, por não ter demonstrado mais diretamente o que sentia, por tudo.



Agora meu coração doi ao lhe ver com outra que não seja eu. Um buraco se formou em meu peito quando lhe perdi e doi toda vez que você fala nela, que você olha para ela, que você a beija, a toca. Queria isso tudo para mim, mas não posso ter mais agora.


“Mas às vezes, não importa o quanto você ame alguém, elas simplesmente não podem te amar da mesma maneira” e é certo essa frase. Por mais que eu te ame intensamente, você não pode me amar da mesma forma, você não pode forçar a outra pessoa a te amar. Talvez eu te ame mais do que qualquer um, por isso quero lhe ver feliz, mesmo que não seja ao meu lado. Estarei contigo, mesmo no campo da amizade, pelo menos estarei contigo, ao seu lado.



O amor é um presente que se da para quem o conquista, porém alguns conquistam porém nem recebem seu prêmio por não saberem que ganharam. Não se força alguém a amar-te, pois o amor é sutil como o vento que toca sua pele delicadamente. Amar é ter paciência e sacrificar-se. Infelizmente para mim é sacrificar meu coração.



Ah se soubestes o quanto o amo! Será que se soubesse, me olharia de outra forma e me amaria? Será que realmente o perdi como sinto? Não, não posso mais pensar nisso. Tenho que seguir em frente, como você o fez. Não posso parar minha vida por te amar. Mas doi, doi não ser amada como o amo. Corroi minha alma, mas vou aprender a não ligar para a dor. Porém nunca irei lhe esquecer e sempre lhe amarei.



Queria ao menos uma vez lhe tocar, lhe dar um beijo, falar o quanto o amo. Poderia ser por apenas 15 segundos, mas seriam os mais perfeitos da minha vida. Porém agora não posso mais e devo me conformar. Espero que ela te faça feliz como eu o faria.

domingo, 17 de abril de 2011

Como dizer adeus a uma pessoa amada sem sofre?


Já é difícil dizer até logo, imagine adeus. Com o até logo sabemos que um dia provavelmente nos encontraremos, mas o adeus marca o fim, mostra que nunca mais nos veremos ou se nos vermos, provavelmente será na outra vida. Porém, como diminuir a dor diante de uma palavra que nos desmorona?



Não estamos programados para despedirmos por um período indeterminado, mas a ironia é que estamos acostumados. Se partirmos, dizemos até logo, mas quando nos despedimos de uma pessoa amada que não veremos mais em vida, dizemos adeus. Esse vem com choros, lamentações e com muita dor.



Não gostamos de perder, principalmente quando perdemos antes da hora. Seja por qualquer motivo, nunca estaremos preparados para dizermos adeus. Nosso coração fica pesado só com a idéia, imagine quando acontece. A dor é tanta que alguns choram, outros se calam, outros ficam frios, alguns ainda tentando consolar os outros, porém o sentimento é o mesmo: o sentimento de dor pela perda.



Não adianta nos enganarmos, ninguém tem a capacidade de não sofrer quando se perde alguém amado e se diz adeus no ultimo momento quando o vemos. Simples como a água, sentimos maus, talvez incapazes de podermos trazer de volta aquele que se foi. Lamentamos, mas faz parte.



Podemos dizer adeus amenizando a dor com a simples lembrança que um dia estaremos todos juntos em outro plano. Podemos diminuir a dor ao imaginar que o(a) amado(a) que esta bem, em um lugar muito confortável. Apenas devemos pedir por eles e isso basta. A dor irá diminuir com o tempo, mas a memória de um dia a pessoa que se foi ter existido nunca irá morrer.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A besta e o homem




O que nos leva a matar outras pessoas? Por que isso acontece? Será que somos animais racionais ou irracionais? Como deixar de pensar nisso diante de acontecimentos trágicos que acontecem ultimamente. O que eu gostaria mesmo de perguntar é: Será que o ser humano é completamente louco?



Em sua plena insanidade, um ser humano pode matar o outro, pois sem vínculos não temos razão para poupar vidas. A cegueira do homem é seu maior mal e depois vem a ignorância. A submissão tão pode ser um fator alarmante, pois somos submissos até um ponto, quando esse é ultrapassado, uma bomba poderosa explode e cometemos barbaridades.



Ficamos sem rumo sem como sobreviver diante de um individuo cego pela sede de morte ou sangue. Tentamos sobreviver sem nenhum machucado, mas mesmo assim ficamos. Podemos não ficarmos feridos fisicamente, porém ficamos mentalmente, tornando-se um trauma.



A sede de sangue não exclui nenhum inocente, não exclui ninguém. Podemos sobreviver a isso? Sim. Mas sem trauma? Não. Teremos sempre medo de tudo e isso pode fazer nossas cabeças ficarem completamente zonzas e desnorteadas.



Quando se tira uma vida inocente, estamos atestando que não estamos sãs, que temos problemas e que nada pode nos curar. Quem mata uma vez, mata mais e mais, a cada dia que sentir vontade de matar. Por isso não se pode confiar muito em quem mata inocentes sem motivo.



Comovemos-nos, pois somos humanos. As bestas que matam sem razão não se comovem pois não tem pelo que sentir, são como robôs, com a missão única de matar. Eles não vacilam quando querem fazer o que desejam. Não há medo, tristeza, agonia, compaixão...Absolutamente nada em bestas.



Humanos se preocupam com o outro, ajudam o outro, ficam chocados quando algo acontece e que seja completamente absurdo, entre outras coisas. Sentimos, pensamos, fazemos e realizamos. Porém quando nos transformamos em bestas, em máquinas, em robôs, nada disso mais existe, a não ser algo que você acha certo ser feito.



Não somos mais do que humanos que pode virar robôs ou bestas, então fiquemos vigiando-nos, afinal, não queremos fazer nada contra inocentes, ou queremos? Não estamos aqui para fazermos o mal, mas sim o bem. Controlar-se é a chave do segredo de continuarmos humanos. Somos assim, seres imperfeitos e que tem que ser periodicamente vigiados. Porém agradeço por ser humana e não um robô, por sentir e pensar. Obrigada Pai, por me deixar ser humana!

Um dia que nunca será esquecido

Por favor, segure minha mão e não me largue. Preciso de você mais do que em qualquer momento. Sinto-me medo, frio e desprotegida. Fique aqui comigo. Ajude-me! Por favor, me ajude. Não me deixe aqui. Estou com medo. Fique e segure minha mão ou me tire daqui. Salve-me, por favor!Não me deixe morrer aqui. Por favor, me tira daqui. Socorro! Esta doendo, por favor me ajude!



Não consigo tirar da minha mente esses pedidos e as muitas faces que vi pedindo socorro. Isso me atormenta, não sei exatamente porque aquilo aconteceu, porém não consigo esquecer. Por que tinha que acontecer? Tínhamos culpa de algo? Porque ele atirou em nos? O sangue... Aquele cheiro da morte... A sensação que eu seria o próximo.



Tudo havia acabado na realidade, mas na minha mente não. As cenas ainda aconteciam. Os tiros. As pessoas caindo. Correria. Gritos de medo. Salas sendo trancadas. As mortes. Os feridos. A tentativa de sobreviver. O não saber se estiva ferido ou não. Sangue no chão. Uma cena d guerra dentro da escola.



Flash faziam sensações voltarem para mim. Meus olhos fitavam o vazio e meu corpo reagia agressivamente a qualquer tipo de toque. Eu sabia que havia sido atingido, mas não estava bem para ser salvo. Gritos ecoavam em minha mente, imagens despertavam ainda mais meu medo, sons me faziam ficar mais ansioso. Pensei que estava seguro antes disso tudo acontecer, mas tudo mudou com os tiros.



Vi amigos que estudava a anos morrerem na minha frente. Eu ia às casas deles, eles na minha. Saímos para nos divertir, porém nunca fizéssemos nada contra ninguém. De repente, tudo havia acabado. Eles estavam no chão, alguns sem vida, outros quase sem. Eu estava em choque.



Não sei o que é pior: a perda de pessoas que você gosta bem na sua frente ou ter a sensação de ser incapaz de poder salva-los quando eles mais precisaram. Perguntaram-me se eu estava bem, eu respondi: “ Você ficaria bem ao ver seus amigos morrerem na sua frente?” Porém não foi uma resposta pensada, foi mais instintiva.



Tudo vai voltar ao normal? Para mim não, já para os outros eu não sei. O que aconteceu não feriu somente a carne, mas também a alma. Como posso ficar bem depois de ver mortes? Como posso voltar naquele lugar ao saber que lá fui incapaz de salvar as pessoas que eu gostava? Não, sou incapaz. Não vou voltar. Não quero voltar.



Não tenho coragem de ir aos enterros, de ir às missas em homenagens a eles, de ir a algo voltado a eles, pois me sinto culpado por não conseguir salva-los. Não consegui salva-los... Sou fraco. Seria uma vergonha aparecer nos cortejos, já que não os salvei.



Nunca me senti tão solitário, tão culpado, tão... Não sou nada e não pude fazer nada. O que adianta ouvir,ver, andar, ser normal, se não consegui salva-los? Não adianta nada. Eu só pude vê-los morrer, ouvir seus gritos, segura nas mãos de alguns amigos enquanto morriam. Do que isso adianta? Sou culpado.



Não puxei o gatilho, mas sou culpado. Não os salvei. Só segurei suas mãos. Só fiquei ao lado deles. Só tentei protegê-los. Mas isso não os fez sobreviverem. Eu estou vivo e eles mortos, gostaria que fosse o contrário. Fui fraco, mas para honrar a alma deles, agora serei forte e seguirei minha vida, ser o que eles não puderam ser: adultos com estudos e com um emprego digno. Prometo que farei isso. Durmam em paz amigos.


quarta-feira, 30 de março de 2011

A morte não me faz chorar


Morre um dos grandes ídolos que já conhecemos, porém será que ele realmente morreu? Fisicamente sim, mas para sempre ele ficará em nossos corações e na história. Então viverá para sempre. Não a morte que apague seus feitos, não a feitos que sejam apagados por sua ausência, não a nada que possa fazer esquecê-lo. Não choremos, pois não perdermos, apenas não vamos vê-lo mais.


Em um outro lugar, ele estará a olhar nossas faces e querendo nosso bem. Se assim ele era vivo, imagino que na morte também vá querer ser. O luto nada mais é do que um símbolo para a passagem de um tipo de existência para outra, porém a vida não para. Somos cíclicos, não retilíneos. Não temos fim.


Não perdemos, pois no mundo nada se perde tudo se renova e se transforma. A morte é uma grande aventura para começarmos a viver de outro lado, com outra maneira. Nada pode ser destruído, apenas reconstruído. Não vamos lamentar, vamos celebrar a vida. Viver é o maior dom que podemos ter e não temer a morte a maior coragem que podemos ter.

sábado, 26 de março de 2011

Sonhos


Sinto que mesmo distante

Te amo demais

Pra dizer o quanto

Sinto esse amor.



Mas entre nós

Há várias barreiras

Difíceis de se quebrar

Mas se quisermos podemos.



As vezes acredito que os sonhos

Devem ser deixados pra quando

Estamos dormindo,

Pois os sonhos são apenas sonhos

È não são a realidade.



Mas às vezes

Você toma atitudes erradas

Não pensa nas conseqüências

Só pensa depois.



Tem vontade de tocar sua pele

De te dar carinho e te beijar

Mas não dá,

Pois as barreiras são muitas

E parece que uma delas

Você não quer quebrar.



As vezes acredito que os sonhos

Devem ser deixados pra quando

Estamos dormindo,

Pois os sonhos são apenas sonhos

È não são a realidade.



Sinto uma pontada de inveja

De quem pode tocá-lo

Pois eu sei,

Nunca te tocarei.



Me diz logo

Somos um do outro?

Por favor, acaba logo

Com essa duvida

Que existe em mim.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Tratado de amor e morte

Estava sentado a beira de um abismo, olhando o mar e ouvindo seu som. Era um belíssimo som, principalmente quando ele batia nas rochas que havia ali embaixo. Fechei os olhos e fiquem a ouvir o doce som da brisa marinha e aproveitando seu toque sutil na pele de minha face. Fiquei esperando a hora certa de fazer o que tinha que fazer.


Minha vida passava lentamente pelas minhas pálpebras fechadas: a escola, minha família, a faculdade, tudo que tinha feito. Nada tinha sido agradável até a face do meu anjo aparecer. Lembrei da primeira vez que o vi: era uma festa de aniversário de uma amiga em comum, essa amiga estava interessada nele, mas quando fomos apresentados um ao outro, parece que algo eclodiu de dentro de nós.


A vida foi passando, viramos amigos, depois ficamos, namoramos e quando meus pais viram quem era meu namorado, o repugnaram, falando que eu havia traído a família ao namorar o inimigo. Inimigo? Sim. Minha família tinha divergências com a família dele- coisas de empresa. Ele foi expulso e eu proibida de vê-lo.


A dor corrompeu meu peito, então um dia fugi com a ajuda de minha irmã. Fui até a casa dele e ele já me esperava. Com a ajuda da minha amiga, combinamos de nos encontrar. Ele falou que se fossemos casados, ninguém iria nos separar mais. Achei incrível e aceitei. Dois dias depois nos casamos na igreja e no cartório.


Quando contamos para nossas famílias elas nos fizeram ficar separados e nos falou coisas que jamais pensei em ouvir. Mais uma vez fugimos. Encontramos-nos em um casebre abandonado na praia e tivemos nossa lua de mel. Combinamos que se não pudéssemos ficar juntos em vida, iríamos ficar na morte e assim fizemos um tratado.


Ouvi passos calmos vindo ao meu encontro, abri os olhos e o vi. Sorri e levantei-me, o olhei, sai correndo e o abracei. Demos um beijo demorado e muito mais intenso do que qualquer um. Olhei para ele me despedindo, suspirei e segurei fortemente sua mão. Eu estava com medo, mas tinha certeza do que iria fazer. Chegamos a beira do precipício, ele me olhou e eu assenti. Estávamos prontos. O olhei e juntos caímos. Batemos contra as rochas, porém não nos separamos. Enfim, não senti nada, mas sabia que havia morrido e ele também.


Enfim, do outro lado, nos encontramos. Sorri para ele e ele para mim. Estávamos juntos em fim. Compreensivos, os anjos nos retiraram de onde estávamos e nos colocaram em uma espécie de hospital. Sempre juntos e agora para sempre.


terça-feira, 22 de março de 2011

A Fantasia morreu?

Quando eu era criança eu tinha um herói e uma heroína, um príncipe e uma princesa. Eu os admirava e queria ser como eles. A mente de uma criança pode fantasiar muito e achar tudo perfeito – e era. Crianças são ingênuas, tem visão limitada, se divertem com tudo que lhe é dado e não entende ao certo o que acontece ao redor.

O tempo passa e os heróis morreram, as fantasias se foram e o príncipe e a princesa já não mais existe. As crianças crescem e percebem o que acontecem, fazendo com que a fantasia acabe. Já não vemos mais heróis, pois eles morreram há tempos. Não vemos príncipes, porque eles não existem. Vemos a realidade, que é fria e cruel. >

Será que existiram os heróis e príncipes? O que aconteceu com eles? Quando perdemos nossa visão de que tudo era perfeito? Será que nossa realidade foi ferida e destruída pelas brigas? Por que as crianças crescem e perdem sua fantasia? Por que não podemos conviver com fantasia e realidade? Será que é proibido?

A única coisa que vejo é que somos iludidos, que o sonho de uma realidade perfeita é somente um sonho e nada mais. Sonhar é bom, mas em excesso só vai lhe fazer infeliz. Sou imparcial agora, não quero me intrometer, mas sinto pelo que acontece. Não a nada que eu possa fazer, então me sentarei confortavelmente e observarei o fim da perfeição.

Enfim, o trágico e dramático final de uma história que começou bem, porém terminou definitivamente muito mal. Fico observando neutra, sem fazer nada, inerte, apenas observando. Não há motivos para se lutar por uma guerra perdida, no qual ambos os lados cederam. Prefiro ficar observando a destruição, enquanto a fantasia acaba mais ainda.




segunda-feira, 21 de março de 2011

(Fanfic) Diários de Amber



Olhava ao longe o sol nascendo, fazia tempo que não via o sol como aquele. A luz ao tocar meus olhos, fez com que a luminosidade adentrasse por ele e fazer doer meu interior. Foi tão bom abrir os olhos e ver o sol, parecia que ele estava bem mais belo naquele momento. Eu realmente estava vivo e tinha visto minha filha, que era estonteante.



Olhei para o quarto e não havia ninguém, olhei para fora e vi minha mulher vinda em direção ao quarto. A visão era belíssima, parecia um anjo com sua elegância. Suspirei com aquilo, mas algo me fez ficar mal. Eu, como um herói, não poderia colocá-las em perigo, meus dois tesouros mais importantes.



Ela parou para assinar algo, aproveitei a oportunidade e fugi. Arranquei os eletrodos e tudo o mais, sai andando pelo corredor, na direção oposta a dela, o que fez meu coração se partir. Lágrimas caíram dos meus olhos ao vê-la pela ultima vez. Fui até uma sala e peguei uma roupa de residente e assim sai dali.



Sabia que se eu ficasse com minha família, meus inimigos iriam um dia descobrir quem eu sou e fazer algum mal para elas. Não podia deixar que vilões machucassem meu tesouro, não podia deixá-los tirar meu tesouro de mim. Então eu precisava me afastar, manter-me solitário.



Sai o mais rápido do hospital, lágrimas percorriam meu rosto e meu coração sangrava e formava um buraco enorme que doía. Apertei com força meu peito, tentando aliviar a dor, mas não consegui. Meu destino agora era meu apartamento, agora o futuro, isso já não sei.

Aos amigos verdadeiros

O que são os amigos? São anjos que nos ajudam a viver nossas vidas da maneira correta. São aqueles que nos apóiam ou brigam conosco quando estamos errados. São nossos irmãos de alma, um grande apoio e constante companhia. Rimos, choramos, brincamos, caímos, nos erguemos, conversamos, brigamos, sentimos saudades um do outro, entre outra coisas.


Aprendi com a vida que os verdadeiros amigos não lhe cobram nada material, apenas moral, como uma boa conduta em algo. Os verdadeiros amigos nunca lhe abandonam, estão sempre contigo, mesmo que de alma, estão contigo. Eles não se importam se você é pobre ou rico, feio ou bonito, inteligente ou burro, paciente ou impaciente, enfim, não se importam como você é, eles gostam mesmo assim. As diferenças nos uni e isso que é legal.


Os nossos amigos de verdade iram lhe dar a mão quando precisarmos, nos abraçarão sem pedimos por saberem que estamos precisando, nos amaram mesmo longe, se preocuparam conosco, entre outras coisas. Traduzindo: sempre poderemos contar com eles.


Agradeço todos os dias pelos presentes que papai do céu me deu, e um deles são meus amigos. Dedico esse texto a Renan Vitor, Taciana, Mariana Duarte, Edwiges Beatriz, Yuri Paros, entre outros amigos. Obrigada por existirem e por estarem ao meu lado, vocês são muito importantes para mim.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

[FANFIC] Selene's child


Era uma noite tranqüila, o vento soprava docemente as copas das arvores e os animais já estavam dormindo. O céu estava calmo e completamente belo, o que fazia a Elena agradecer em pensamento a sua mãe. Desde que chegara ao acampamento, a pequena menina de cabelos negros não se encaixava muito bem em nada, até que soube sobe as caçadoras de Artemis. Fascinada pela história, a pequena foi procurar saber mais sobre elas com uma das caçadoras. Na conversa que tivera mais cedo com ela, havia descoberto o quão maravilhoso era ser caçadora e o que deveria fazer.


Pensativa, Elena saiu naquela noite em direção a floresta, decidida a pensar melhor sobre tal assunto, levava consigo um arco de madeira e algumas flechas, afinal, a floresta pode ser um lugar perigoso à noite. Sentou-se sutilmente em uma pedra e ficou a fintar a lua prateada. Ela se encaixava nas caçadoras, afinal, não via muita serventia ao sexo a não ser procriar e a garota jamais pensara em se tornar mãe.


Um pouco entendia, a menina se levantou, pegou o arco e uma flecha, ergueu o arco, encaixo a flecha nele e mirou uma arvore ali perto. Ao disparar, ela pode ouvir o silvo da flecha cortando o ar e depois o barulho dela acertando a madeira da árvore. Ela então sorriu docemente, sentou-se novamente e voltou a olhar a lua.


-Sim, é linda! Falou uma moça que aparentava ser um ano mais velha do que a pequena menina que ali admirava a lua.


-Belíssima!- Respondeu prontamente a menina


-Você é a filha de Selene que se interessou pelas caçadoras não é mesmo?- falou docemente a jovem


- Humhum, sou sim. Prazer, Elena –falou a menina docemente a jovem que lhe olhava docemente.


- Sua mira é boa – comentou a bela jovem que falava com Elena


-Obrigada! Tenho praticado bastante- Elena sorriu e continuou a fintar a jovem – Sabe, eu quero ser uma caçadora. Claro se a deusa Artemis permitir.


-Creio que ela aceitaria de bom grado você ao lado dela – falou um tanto misteriosa


-Não sei, acho que não. Mas sabe, tentarei ao máximo me tornar uma caçadora – falou com os olhos brilhantes e uma expressão convicta em sua face.


-Quem sabe, você já não foi escolhida – pronunciou a jovem – Artemis olha todas as meninas com potencial e você é uma, minha jovem.


- Você acha? – ela sorriu e quase pulou de alegria – Mas espera,quem é você?


- Um dia saberá, doce criança de Selene – Pronunciou a moça, que sumia em uma neblina um tanto sutil – E fique calma, você se tornará uma caçadora, se aceitar a proposta de se manter virgem é claro, afinal, esse é o acordo.


-Espera, quem é você? Hei! –Falou calmamente Elena.


Mas ao ver que a moça não respondia, o corpo de Elena paralisou, os olhos dela procuraram a moça e nada achou. Um pouco impressionada e com mais fé nela mesma, a pequena filha de Selene pegou seu arco e treinou sua pontaria até as flechas acabarem. Claro, ela teve cuidado de não ferir nenhum animal ali ou pessoa. Quando as flechas acabaram, ela sorriu satisfeita, colocou seu arco nas costas e foi para o seu chalé descansar um pouco.