segunda-feira, 19 de abril de 2010

Corpo selado


Os dias sem você são incontavelmente lentos e dolorosos,

Pois minha vida sem você é como uma eterna música mal feita

De agouros e vazios que deixam meu coração frio.


No mal me que, bem me quer, fiquei pensando

Contando os segundos de sua ausência,

Esperando-lhe como uma eterna sonhadora

Que sonha com seu príncipe encantado.


Mas quanto mais eu espero,

Mais eu percebo que o encantamento do príncipe acabou

E ele agora é só um pequeno menino

Que adora brincar com o coração das donzelas.


Ei meu corpo selado a terra

Mórbido e inerte, inútil no chão jogado

Que de tanto procurar, se fadigou

Caiu e declinou-se no eterno anoitecer

Do amor que nunca chegou.


Meu coração ainda palpita dentro desse feito ferido

Esse coração que se feriu, sangrando esta

Por causa dos espinhos dos calvários da procura

Que nunca teve um fim.


Se disserem que a esperança é a ultima que morre

A minha morreu antes mesmo do meu completo fim

No crepúsculo da minh’alma, no adormecer do meu amor.

Eis aqui, um corpo selado ao chão.

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