Os dias sem você são incontavelmente lentos e dolorosos,
Pois minha vida sem você é como uma eterna música mal feita
De agouros e vazios que deixam meu coração frio.
No mal me que, bem me quer, fiquei pensando
Contando os segundos de sua ausência,
Esperando-lhe como uma eterna sonhadora
Que sonha com seu príncipe encantado.
Mas quanto mais eu espero,
Mais eu percebo que o encantamento do príncipe acabou
E ele agora é só um pequeno menino
Que adora brincar com o coração das donzelas.
Ei meu corpo selado a terra
Mórbido e inerte, inútil no chão jogado
Que de tanto procurar, se fadigou
Caiu e declinou-se no eterno anoitecer
Do amor que nunca chegou.
Meu coração ainda palpita dentro desse feito ferido
Esse coração que se feriu, sangrando esta
Por causa dos espinhos dos calvários da procura
Que nunca teve um fim.
Se disserem que a esperança é a ultima que morre
A minha morreu antes mesmo do meu completo fim
No crepúsculo da minh’alma, no adormecer do meu amor.
Eis aqui, um corpo selado ao chão.
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