Por que deixei partir meu amor? Ah! Por que? Por que não acreditei em você? Por que não o impedi? Por que? Por que? Fui estúpida, insensata, irracional. Não, fui pior, muito pior. Não vi que a felicidade estava a minha frente e, como num passe de mágica ou num sopro fresco de brisa, o vi partir. Queria que voltasse. Preciso de você. Desejo você ao meu lado. Mas por que eu fiz aquilo? A culpa não foi nossa. Não foi nossa culpa nossa criança ter partido. Um acaso a tirou de nossos braços. Mas eu o culpei. Desculpe! Mas não consegui ver sua face sem ver a do nosso bebê, não consegui sentir seu toque ou cheiro sem remeter àquilo que perdemos. Desculpe! Perdão! Eu…Eu acho que só queria trazê-lo de volta, mas o que adiantou? Perdi mais um ser que sempre amei. Sinto-me culpada, mas como não se sentir? Queria tê-lo novamente, mas será que um dia poderei? Será que um dia você me perdoará? A culpa não… Não foi nossa! Só queria que soubesse que… Te amo!
Ah doce noite! Tu me acolheste como uma doce mãe, mãe dos fugitivos, mãe dos excluídos, mãe das criaturas de teu ventre negro. Vós sois tão graciosa, tão bela que me instiga que me faz amá-la cada vez mais. No teu manto estou protegida e somente vós podes me abrigar agora. O sol, o rei sol, me expulsou de vossos raios quentes. Apenas você, oh doce mãe, me acolheu sem preconceitos, sem perguntas. Mãe, tu és tão pacientes com seus raios brancos que tocam tão sutilmente minha pele. Oh doce mãe noturna, amo-te, mil vezes amo-te. Tu és tão formosa com vossa lua e vossas estrelas. Estrelas que parecem doces pontos brilhantes no céu, como um diamante em um colar. Amo-te mãe e no teu seio quero viver eternamente.
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