terça-feira, 27 de setembro de 2011

Promessas



- Você irá segurar minha mão? – Falou docemente ao meu ouvido a voz mais linda que já pudera ouvir em toda minha vida – Você vai segurar minha mão quando tudo acabar? – Perguntou-me novamente, tentando, a qualquer jeito, acordar-me para poder responder. Ele acariciava minha face, que podia sentir que estava sendo aquecida pelos primeiros raios de sol. Seus lábios tocavam minha face e pude notar que ele sorria – Vai segurar minha mão?

-Sim! Até o fim, estarei lá, ao seu lado, segurando vossa mão. Não irei me apartar de você por nada. Se eu tiver que ir, irei ao seu lado, irei feliz, mil vezes feliz. Não ousarei ofender ou rogar pragas, pois isso será blasfêmia. Segurarei vossa mão e vós segurareis a minha. Tive a maior sorte de todas, a de conhecer-te. Nunca em minha vida tive tanta vontade de segurar a mão de alguém como tenho agora de segurar a vossa mão – Parei rapidamente, recompondo-me, enquanto recobria parte do meu corpo desnudo e deitado naquela cama.

- Irás ficar ao meu lado até o fim? Até que eu parta? – Ele sorriu docemente e seu sorriso me fez sorrir de volta – Prometa… Prometa que irá ficar. Por mim, prometa. Não vá sem mim, não parta antes de mim. Prometa! –implorou-o tão docemente, que assenti e sorri. Ah, como negar algo aquele anjo? -Prometo pelos céus, pela minha alma, por tudo que é mais sagrado, sempre estarei contigo. – falei calmamente, tocando-lhe a face com meus dedos brancos e frágeis – Estarei ali, ao teu lado, seja como for, estarei ali, sempre. Você me fez a mulher mais feliz do universo, seria injusto me afastar de ti. Mas prometa, prometa que não irás chorar se nada der certo e eu tiver que partir.

Ele calou-se, abraçou-me docemente como se fosse o ultimo abraço- e talvez fosse-, notei uma lágrima cair do seu olho, palavras… Não, não necessitava, o que ele fazia já respondia. Ela selava seus lábios aos meus como se nunca os selasse como se fosse a primeira vez. Ele sabia que com minha doença talvez não existisse o amanhã, mas quem se importava com o dia seguinte se tinha o presente a ser vivido? Ele então assentiu, faltaram-lhe palavras. Num sim assentido ele prometeu não chorar se algo acontecesse. Abracei-o ternamente e ele me agarrou. Eu o amava e o amo e jamais o irei deixar só.”


1 comentários:

M. M. disse...

Olá! Estive lendo suas postagens, achei-as legais, portanto sou sua seguidora! Caso queira me seguir e conhecer o meu blog, seja bem-vinda!

Peculiaridades.
http://peculiaridadesmodeon.blogspot.com/

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