sexta-feira, 14 de maio de 2010

(Fanfic) Diários de Amber



O bip do aparelho ao meu lado esta me enlouquecendo, mesmo com os olhos fechados posso imaginar que devo estar num hospital, tudo por causa do maldito bip que não cessa, o que me faz pensar que estou vivo ainda. Pude ouvir também vozes fracas, cochichando e uma ao fundo, não falava praticamente nada, só emitia sons, julguei ser um bebê, talvez minha pequena filhinha.


Minha força de vontade me fez abrir lentamente meus olhos, com determinação ao excesso. Minha visão ainda turva podia distinguir as formas de uma mulher e um bebê em seu colo, pareciam ser somente uma criatura, mas percebi que eram duas quando o bebê se mexeu tranqüilamente, abrindo e fechando as suas mãozinhas delicadas, rechonchudas e muito lindas, era minha pequena que queria chamar a atenção da sua mãe ao me ver abrir os olhos. A mãe, por sua vez, olhava para fora, para a janela, estava tão bela e tranqüila que eu sorri.


Quando a imagem se formou tranquilamente perfeita, uma vontade enorme explodiu dentro de mim, vontade de falar algo, de falar que eu estava ali, vendo-as. Mas antes que eu soltasse alguma palavra, lágrimas de alegria rolaram sobre minha face ao ver minha linda menininha me olhando, observando-me como eu a observava: completamente apaixonado por ela. “Oie”, falei repentinamente, foi quando minha amada me olhou perplexa e feliz ao mesmo tempo, se levantou e foi até mim, sorrindo e me observando carinhosamente.

Talvez eu estivesse no céu e nem sabia: ali, com as duas pessoas que eu mais amava no mundo, tudo parecia tão perfeito que eu mal podia dizer que era verdade. Sim, eu estava completamente bem, mesmo estando fisicamente mal.


Lucas Bredon Oliver, O Amber.

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